Associações do setor de data centers ampliaram o lobby sobre deputados e senadores nas últimas semanas. O objetivo é garantir que a Medida Provisória do ReData seja votada logo na reabertura dos trabalhos do Congresso, em fevereiro, para evitar que o texto perca validade. A medida, que cria regime especial de tributação para data centers, caduca no mês seguinte ao fim do recesso parlamentar.

O setor teme nova complicação na tramitação, como ocorreu com a MP que compensava o IOF.

Para isso, as entidades mantêm diálogo com parlamentares experientes. Na Câmara, os principais interlocutores são Ricardo Barros, do PP do Paraná, Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, e André Figueiredo, do PDT do Ceará. O setor também tem bom trânsito com o presidente da Casa, Hugo Motta. No Senado, o movimento passa por Efraim Filho, do União da Paraíba, e Laércio Oliveira, do PP do Sergipe.

O esforço ocorre num momento em que estudos da Empresa de Pesquisa Energética, ligada ao Ministério de Minas e Energia, apontam a necessidade de ampliar a oferta elétrica para acomodar a instalação e a expansão de data centers no país. O risco de pressão sobre a capacidade do sistema também entrou no radar político e elevou o peso das conversas sobre o regime de tributação.