A decisão de Alexandre de Moraes de suspender atos do governo federal e do Congresso relacionados ao IOF foi recebida com rejeição nas redes sociais.
Um levantamento desta sexta-feira, 4, da agência especializada em marketing digital Ativaweb registrou mais de 1,2 milhão de interações públicas em menos de quatro horas após o anúncio da decisão. Os dados revelam que a reação digital foi marcada por uma “tsunami” de insatisfação, que ignorou alinhamentos ideológicos da esquerda e da direita.
Expressões como “ditador supremo”, “rei Alexandre” e “monarquia de toga” dominaram as postagens nas plataformas, sugerindo que, para uma parcela expressiva da população conectada, o gesto do ministro foi interpretado como um avanço indevido do Judiciário sobre os demais poderes da República.
A análise da Ativaweb também mostra que, apesar do tom institucional de conciliação adotado por Moraes ao anunciar a suspensão dos atos, a percepção pública foi outra. A ideia que se fixou nas redes foi a de uma ruptura institucional, com concentração de poder nas mãos do Supremo e, particularmente, de Moraes.
A decisão do ministro argumentou que era preciso preservar a estabilidade jurídica e evitar atritos entre os Poderes.