O deputado Rui Falcão, um dos fundadores do PT, está com as turbinas ligadas para concorrer à presidência do partido, cargo que ele ocupou de 2013 a 2017, no auge da crise da Lava Jato. Saiu da presidência sob elogios dos colegas. Depois de uma agenda por Curitiba e Florianópolis, neste final de semana, Rui deve lançar sua candidatura em Brasília, em evento com militantes e parlamentares. O parlamentar fez questão de informar que as passagens aéreas estão sendo pagas pela legenda.

O que tinha aparecido como uma sugestão, principalmente de alas à esquerda do PT, foi crescendo dentro do partido. Nesta semana, o líder do MST João Pedro Stédile anunciou seu apoio ao deputado. O apoio aconteceu ao mesmo tempo em que o nome de outro líder do MST, o de João Paulo Rodrigues, foi alçado à disputa.

João Paulo entrou no radar depois que o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, desistiu de concorrer e indicou o líder sem-terra. Aliados de João Paulo afirmam que ele se empolgou, mas ainda não há definição sobre candidatura. No momento, o MST trava um embate do tipo morde e assopra com o governo petista em busca de mais recursos para a reforma agrária.

A eleição no PT, meses atrás, parecia morna com a indicação de Lula pelo ex-ministro Edinho Silva. Mas, uma carta crítica de Rui Falcão acendeu a discussão e empolgou alas da esquerda a encamparem sua candidatura.

Na campanha, outro candidato à esquerda é Valter Pomar, dirigente nacional da legenda.