Um contrato de R$ 3,1 milhões do governo de Pernambuco está sendo contestado pelo presidente da Comissõo de Educação da Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, do PSB. O deputado ingressou com uma denúncia no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) pedindo a suspensão do contrato firmado entre o governo e a Associação do Nordeste de Distribuidores e Editoras de Livros (Andelivros), que, segundo ele, foi escolhida sem chamamento público para realizar o Circuito Literário de Pernambuco (Clipe) 2025. O TCE instaurou uma investigação.

Segundo o deputado, que faz parte da oposição à governadora Raquel Lyra, do PSD, o governo errou ao contratar a Andelivros sem chamamento público. No ano passado, Pernambuco viveu situação semelhante. De acordo com ele, a Secretaria de Educação do Estado celebrou o mesmo contrato para o Clipe 2024, no valor de R$ 4,6 milhões e o Tribunal de Contas chegou a suspender pagamentos e abriu auditoria especial, mas a medida cautelar foi revogada.

Na denúncia, o deputado aponta alguns outros problemas. Um deles é a destinação de R$ 34 milhões em 2024 em incentivos a professores para que comprem livros na feira organizada pela Andelivros. O Circuito Literário de Pernambuco 2025 prevê a realização de quatro feiras em Recife, Caruaru, Serra Talhada e Petrolina.

O deputado pede ao TCE que suspenda o contrato, instaure uma auditoria especial e encaminhe a denúncia ao Ministério Público para apuração de eventual improbidade administrativa.

O governo de Pernambuco afirmou à coluna que a empresa atende a todos os critérios e destacou a importância do circuito literário.

O governo afirmou que no ano passado foi a primeira vez que a entidade Andelivros organizou o evento e que o resultado foi positivo.