Os familiares de grandes poetas brasileiros serão os responsáveis por ler em voz alta os poemas que inspiram as conversas do projeto “Sempre um papo – palavra acesa”, que estreia no próximo dia 29 de julho no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Na estreia, Georgiana de Moraes, filha de Vinicius de Moraes, vai ler “Soneto de fidelidade”, imortalizado pelo verso “Que seja infinito enquanto dure”.

Já no segundo encontro, marcado para 20 de agosto, quem abre o evento é a artista Alessandra Colasanti, filha dos escritores Affonso Romano de Sant’Anna e Marina Colasanti. Ela recitará o poema “Que país é este?”, um dos textos mais conhecidos do pai.

Por fim, no dia 30 de setembro, será a vez de Pedro Drummond, neto de Carlos Drummond de Andrade, ler “No meio do caminho”, famoso pela repetição da pedra como obstáculo e metáfora.

A programação do “Palavra acesa” une literatura e reflexão, propondo diálogos entre escritores, artistas e o público a partir de poemas que atravessam gerações.

O projeto é mais um da lavra do jornalista Afonso Borges, da Associação Cultural Sempre um Papo, com a AB Comunicação e Cultura, apresentação do Ministério da Cultura, Prefeitura do Rio e Museu do Amanhã. A entrada é gratuita, mediante retirada de senha uma hora antes de cada evento.

Estreia com Eliana Alves Cruz e Fabrício Carpinejar

No primeiro encontro, além da leitura de Georgiana, o poema de Vinicius será tema da conversa entre a escritora Eliana Alves Cruz e o poeta Fabrício Carpinejar, com mediação de Afonso Borges. O objetivo é usar a poesia como ponto de partida para refletir sobre temas como amor, memória, transformação e sociedade.

No encontro seguinte, Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal, e o cantor e compositor Chico César discutirão os sentidos e provocações do poema de Affonso Romano de Sant’Anna.

Encerrando a primeira temporada, os escritores José Miguel Wisnik e Flávia Oliveira vão mergulhar na atualidade dos versos de Drummond.

O projeto busca acender novos olhares para textos que permanecem vivos no imaginário brasileiro, reafirmando a poesia como instrumento de diálogo com o presente.