Apesar da intensa polarização política no Brasil, o novo líder do PT no Senado, Rogério Carvalho, de Sergipe, classifica como “artificiais” as classificações de direita e esquerda. Em entrevista ao estúdio do PlatôBR no Congresso na segunda-feira, 3, o petista disse entender que “esses conceitos estão sendo usados pra causar uma separação artificial na sociedade.”
Carvalho usou a si como exemplo ao avaliar os estereótipos em torno do que é ser de direita ou de esquerda no Brasil.
“Se defender o SUS, o ensino gratuito e a vida é ser de esquerda, então sou de esquerda. Se ser de direita é ser a favor da livre iniciativa, é ser cristão, é defender a inclusão pela renda, então sou de direita. Tem gente da direita que não é golpista, que defende a democracia, que tem projeto para o Brasil”, disse o petista.
O líder do PT pontuou que seus ideais de esquerda não o impedem de dialogar com a direita. Ele disse não haver um lado melhor que o outro, mas não poupou críticas à extrema direita — “ela discrimina, e isso é algo abominável”. “Acho que todos os que assumem posições muito radicais e de intransigência do diálogo ajudam a fazer a fragmentação do nosso povo”, afirmou.
Embora governistas desconfiem da postura de Davi Alcolumbre em sua volta à Presidência do Senado, com apoio maciço da esquerda à direita, Carvalho afirmou que está seguro de que Alcolumbre não será problema para o governo Lula.
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