A disputa por uma das cadeiras do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está acirrada. Hoje, existem duas vagas na Corte. Para uma delas, foi elaborada uma lista tríplice somente com homens e, para a outra, uma lista com mulheres.

O favorito entre os concorrentes à primeira lista é Floriano Marques Neto, que já integra o TSE e seria reconduzido à vaga. Ele tem o apoio do ministro do STF Alexandre de Moraes.

A disputa pela outra vaga é mais complexa, porque duas concorrentes receberam o apoio de dois interlocutores próximos de Lula.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, apoia a advogada Vera Lúcia Araújo, que é ministra substituta do TSE e assumiria uma vaga de titular. Vera Lúcia também tem o apoio de uma ala do PT, devido à luta dela em prol das minorias – especialmente a de gênero e a racial.

Já o ministro do STF Flávio Dino tem feito campanha para a advogada Estela Aranha. Ela foi secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça quando Dino comandava a pasta. Na gestão Lewandowski, ela deixou o cargo e foi nomeada assessora especial do presidente Lula, cargo que ocupou até março deste ano.

A terceira integrante da lista é a advogada Cristina Maria Neves, que hoje integra o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal. Segundo fontes do Judiciário, embora seja uma especialista reconhecida em Direito Eleitoral, ela tem menos chance de assumir o TSE, por não ter conseguido reunir apoio político relevante em torno da candidatura.

A expectativa no Judiciário e na política é que as escolhas de Lula para o TSE sejam anunciadas até o fim de junho.