O agravamento da crise militar no Oriente Médio atrai a atenção internacional para os riscos de uma crise de consequências imprevisíveis para a segurança e a economia mundial. No efeito mais imediato, as preocupações se voltam para os preços do petróleo, que iniciam a semana com tendência de alta, e seus efeitos inflacionários.
Há expectativa sobre uma manifestação de Lula em relação à escalada de ataques entre Israel e Irã e à entrada dos Estados Unidos no conflito. A posição do Brasil, por enquanto, foi explicitada pela nota do Itamaraty que condenou os bombardeios efetuados pelos americanos sobre o Irã.
Congresso e governo discutem MP para reparar veto que encareceu a conta de luz, isenção de IR e IOF
A falta de acordos entre o governo e o Congresso e os festejos juninos no Nordeste dificultam o avanço nas pautas. Na reta final do semestre, o Planalto promete editar em breve uma medida provisória para reverter os efeitos na conta de luz da derrubada de vetos no marco das eólicas offshore. De acordo com líderes do governo, existe um entendimento com a cúpula do Congresso para a aprovação de uma MP que impedirá o aumento do preço da energia elétrica provocado pela queda dos vetos.
Esse assunto está sendo discutido em um momento ruim para o Executivo, que tem perdido as votações mais importantes no Parlamento. Nos pontos mais importantes, o governo ainda quer aprovar antes do recesso, na CCJ da Câmara, o projeto de lei que isenta de Imposto de Renda os contribuintes com renda de até R$ 5 mil e as alternativas ao aumento do IOF.
De olho nas emendas: Flávio Dino faz audiência pública sobre verbas parlamentares
Foco das tensões entre o Planalto e o Congresso, as emendas parlamentares serão discutidas na sexta-feira, 27, em audiência pública convocada pelo ministro Flávio Dino, do STF. Participam representantes da Câmara, do Senado e do setor financeiro, como o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto.
A audiência vai debater os mecanismos de transparência e a rastreabilidade das emendas, com atenção especial para as “emendas Pix”, que permitem transferências diretas de recursos públicos para estados e municípios, sem especificação dos destinos.
No STF, últimos votos sobre plataformas digitais e acareação entre Mauro Cid e Braga Netto
Os ministros do Supremo devem concluir esta semana a apresentação dos votos sobre as regras para o funcionamento das plataformas digitais. Ainda faltam os pronunciamentos de Nunes Marques, Edson Fachin e Cármen Lúcia. A finalização do julgamento ainda vai depender de nova rodada de discussão entre os 11 integrantes do STF para acertos finais a respeito de detalhes contidos nos votos.
Como o recesso do Judiciário começa dia 1º de julho, a previsão no tribunal é que a proclamação do resultado fique para o segundo semestre. Na ação penal da trama golpista, o Supremo realiza esta semana duas acareações: uma entre o ex-ajudante-de-ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e o general Braga Netto, e outra entre o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-comandante do Exército Freire Gomes.