PODER E POLÍTICA. SUA PLATAFORMA. DIRETO DO PLANALTO

Drops da semana: oposição insiste em anistia; governo apresenta a PEC da segurança

Depois da manifestação em São Paulo, apoiadores de Bolsonaro vão continuar a pressão sobre Hugo Motta para pautar proposta de perdão dos condenados por tentativa de golpe. Presidente da Câmara recebe Lewandowski para discutir proposta de combate à criminalidade

Arte: Daniel Medeiros/PlatôBR
Arte: Daniel Medeiros/PlatôBR

Os defensores da anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado mantêm a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) para pautar o projeto de lei que trata do assunto. No domingo, 6, o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu cerca de 50 mil pessoas em São Paulo e teve a presença de sete governadores da oposição. Pelas reações dos líderes partidários, a proposta tem poucas chances de avançar nos próximos dias.

Motta se tornou um dos alvos dos apoiadores de Bolsonaro por não ter pautado a urgência do projeto de lei da anistia. O presidente da Câmara demonstra pouca disposição para o avanço do projeto de lei contra as decisões do STF sobre os acusados de agir contra o resultado das últimas eleições presidenciais.

Em sentido contrário aos interesses de parte da oposição, Motta recebe na residência oficial nesta terça-feira, 8, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e líderes de partidos para discutir a PEC da segurança pública. No mesmo dia, o governo encaminha o texto para o Congresso.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), é a principal voz crítica à PEC. Argumenta que a proposta tira poder dos estados no combate à criminalidade. O texto prevê a constitucionalização do SUSP (Sistema Único de Segurança Pública) e a padronização dos protocolos para procedimentos como boletins de ocorrência e mandados de prisão. Mesmo com a resistência de Caiado, as negociações sobre a PEC avançaram nos últimos meses e devem facilitar a tramitação dessa pauta no Congresso.

Com Arthur Lira relator, começam as discussões sobre o projeto de lei do Imposto de Renda
A Câmara deve instalar nesta semana a comissão especial encarregada de encaminhar as discussões sobre o projeto de lei que isenta de pagamento de Imposto de Renda as pessoas com rendimentos de até R$ 5 mil. O colegiado será presidido pelo deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA). O relator, Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, deve promover mudanças no texto. Por enquanto, a principal sugestão de alteração foi apresentada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que propõe aumentar de R$ 50 mil para R$ 150 mil o piso da faixa de renda que deve ter tributação estabelecida para compensar a isenção prevista no projeto de lei.

Lula tem agenda em Minas Gerais e São Paulo; depois, viaja para Honduras
O presidente Lula cumpre agenda com o setor privado em Minas Gerais em São Paulo esta semana. Em Montes Claros, o petista participa na manhã desta segunda-feira, 7, do anúncio de investimentos da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, fornecedora de insulina para o SUS. À tarde, vai a Cajamar (SP), onde visitará o Centro de Logística do Mercado Livre, que também deve divulgar o montante que a empresa pretende investir este ano no Brasil.

Em mais um compromisso com o setor privado, Lula marcará presença nesta terça-feira, em São Paulo, na abertura do 100º do (ENIC) Encontro Internacional da Indústria da Construção.

O presidente embarca na quarta-feira, 9, para Honduras, onde participa da IX Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). No momento em que o mundo sofre os impactos do aumento de tarifas do governo de Donald Trump, o encontro tem na pauta a integração regional, o combate às mudanças climáticas e a segurança alimentar.

Tarifaço de Trump abala o mercado financeiro mundial
A entrada em vigor do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump causou pânico nas bolsas de valores asiáticas e europeias nesta segunda-feira, 7. O impacto das medidas provocou a venda de ativos de risco pelos investidores, o que levou a quedas significativas nos índices: em Xangai, 7,1%, e no Japão, 6,1%, por exemplo.

Neste cenário conturbado, a orientação do governo brasileiro é apostar nas negociações com os Estados Unidos, ao mesmo tempo que tenta abrir novos mercados no mundo para atenuar as perdas decorrentes do tarifaço.

search-icon-modal