O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, começou a perder respaldo entre ministros do STF, inclusive de magistrados que haviam atuado diretamente para garantir sua permanência no cargo. A avaliação entre ministros é de que Ednaldo fracassou na tentativa de reerguer a entidade após anos de crise administrativa e, sobretudo, não tem entregado resultados positivos no campo esportivo.
A Seleção segue sem treinador quase dois meses depois da demissão de Dorival Júnior, dias após a humilhante goleada de 4 a 1 sofrida para a Argentina em Buenos Aires. Ednaldo sonha com o técnico italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, de quem já tomou um “não” em 2023.
Ednaldo chegou a ser destituído da CBF em dezembro de 2023 e voltou ao cargo no mês seguinte, graças a uma decisão liminar do ministro Gilmar Mendes. O julgamento para referendar a liminar não foi concluído até hoje. O caso voltará à pauta em 28 de maio. Gilmar suspendeu os efeitos de uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que anulava a eleição que o reconduziu ao cargo.
Ministros do Supremo relatam crescente desconforto com a paralisia institucional da CBF e com a ausência de uma política esportiva eficaz, especialmente diante do desempenho ruim das Seleções e da falta de perspectiva de renovação.
O STF, que interveio para evitar uma vacância de poder no futebol brasileiro, mais e mais avalia que Ednaldo não se mostrou à altura da missão de estabilizar a entidade.