O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, ligou para um ministro do STF para perguntar a opinião do magistrado sobre dar uma secretaria para Eduardo Bolsonaro e foi duramente desencorajado. Castro disse a esse ministro que Flávio Bolsonaro teria lhe procurado para salvar o mandato do irmão, que pode ser cassado por faltas na Câmara dos Deputados.
Castro chegou a topar a nomeação, mas voltou atrás ao ouvir do ministro do STF que abraçar a causa do deputado licenciado poderia lhe acarretar problemas no Judiciário. O magistrado disse também que o governador carioca poderia ser visto como conivente aos crimes pelo qual Eduardo vem sendo investigado.
Pesou também na decisão a ação do caso Ceperj no TSE, em que Castro é acusado de abuso de poder político e econômico ao montar um suposto esquema de pagamentos “secretos”, com fins eleitorais, na Fundação Ceperj. O julgamento pode lhe render perda do mandato e inelegibilidade e será pautado nas próximas semanas.
O filho zero três de Jair Bolsonaro chegou no limite da licença no domingo, 20, e, após o recesso, as faltas começarão a contar, o que poderá fazer com que ele seja cassado.
O PL vem pensando em formas de salvar o mandato de Eduardo. Uma delas seria a nomeação em alguma secretaria estadual.
As outras possibilidades passam pela apresentação de mais um atestado médico, que poderia justificar as faltas, o exercício do mandato a distância e a mudança do Regimento Interno da Câmara para aumentar o tempo de licença.