Hugo Motta assina a apresentação do livro de homenagem a José Sarney, que será relançado com toda a pompa na próxima quarta, dia 19, em sessão solene na Câmara. O evento marca os 40 anos da redemocratização. No texto, Motta mostra elos entre sua jornada e a dele, desde o fato de serem nordestinos até terem pertencido ao mesmo partido, o MDB.
O presidente da Câmara não tem medido esforços para se alinhar aos democratas da história recente — citou Ulysses Guimarães 14 vezes em seu discurso de posse. Agora, no prefácio do livro, diz que há “elo simbólico” entre sua trajetória e a de Sarney, que em abril completa 95 anos.
“Sarney ingressou na agremiação quando ela se consolidava como principal força política a conduzir a transição democrática. Anos depois, sob a legenda do então PMDB, iniciei meu primeiro mandato de deputado federal, honrando o compromisso do partido com a defesa da democracia e do diálogo institucional. Esse compromisso permanece firme em minha atuação parlamentar, agora como membro do combativo Republicanos”, escreveu ele, no texto ao qual a coluna teve acesso.
Motta conta também que, antes de disputar a presidência, em janeiro, visitou o ex-presidente emedebista.
“Saí da visita com a certeza de que José Sarney é imprescindível ponte entre o passado e o presente do Brasil, entre os ideais democráticos que ajudou a consolidar e as novas gerações de políticos que têm por dever preservá-los”, escreveu Hugo Motta.
O presidente da Câmara chama ainda de “condução admirável” a gestão de Sarney na redemocratização.