O novo papa é o cardeal americano Robert Prevost, bispo-emérito de Chiclayo, no Peru, e prefeito do Dicastério para os bispos. Tem 69 anos e adotou o nome de Leão XIV. É considerado “progressista” e era próximo de Francisco.
A expectativa é de que o novo papa, como Francisco, mantenha a mesma atenção em relação a temas contemporâneos, como a defesa da paz, o combate às desigualdades sociais e às mudanças climáticas, um maior espaço para as mulheres na Igreja e um maior diálogo e acolhida a casais divorciados e à comunidade LGBTQIA+. Esses temas estavam no centro dos debates no conclave.
No meio católico, a previsão é que esses assuntos continuem como prioridades do novo papa. Pode-se antecipar que esses temas continuarão entre as preocupações de boa parte da Igreja, principalmente entre os seguidores de Francisco e os cardeais e bispos alinhados às posições da ala moderada da Igreja.
No conclave, os cardeais buscavam um nome não tão identificado com a linha “progressista” de Francisco, mas também não conservador, pois esse caminho poderia significar um retrocesso na Igreja e, eventualmente, um aumento na perda de fiéis.
A primeira votação, na quarta-feira, 7, demorou em razão de a maioria dos cardeais estar em seu primeiro conclave. E muitos nem se conhecerem. Oitenta por cento dos novos cardeais foram nomeados por Francisco e muitos vieram das chamadas periferias do mundo católico, como a África e a Ásia. São cardeais de 71 países, que usavam crachás para serem identificados.