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Ex-militar falará sobre morte de Rubens Paiva à Comissão de Mortos e Desaparecidos

Valdemar Oliveira, ex-militar, vai depor no dia 20 em São Paulo

Valdemar Martins de Oliveira
Foto: Reprodução/YouTube

Um dos arquivos vivos da ditadura militar, o ex-militar Valdemar Martins de Oliveira, que atuou na espionagem do governo nos anos 1970, prestará depoimento à procuradora regional da República Eugênia Gonzaga, presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, em São Paulo. O depoimento foi marcado para a próxima quinta-feira, 20 de março.

Valdemar traz informações importantes sobre o assassinato do ex-deputado Rubens Paiva, cujo desaparecimento foi retratado em “Ainda estou aqui”.

Desde o início dos anos 2000, Valdemar tem feito revelações sobre crimes cometidos pela ditadura. Ex-paraquedista do Exército, ele trabalhou com os comandantes da repressão no Rio, Freddie Perdigão e Paulo Malhães, no CIE (Centro de Informações do Exército). Mas diz ter se rebelado ao ver torturas e assassinatos. Uma de suas revelações levaram à elucidação da morte de um casal de militantes de esquerda.

O ex-soldado afirmou ao consultor da Comissão da Verdade e ex-preso político Ivan Seixas que Paiva, imediatamente após ser assassinado, foi levado por dois sargentos que trabalhavam com Paulo Malhães, que comandava a Casa da Morte do Rio de Janeiro. Os dois agentes colocaram o corpo de Paiva em um barco e o atiraram ao mar na Ponta da Praia do Rio. As afirmações de Valdemar foram feitas em entrevista a Seixas no canal de YouTube TV Resistência.

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