Ex-ministro da Comunicação de Lula, Paulo Pimenta embarcou nesta terça-feira, 17, para Buenos Aires para participar de uma manifestação de apoio à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, que cumpre prisão domiciliar por ter sido condenada por corrupção. Partidos de esquerda da América Latina devem integrar uma manifestação nas ruas da cidade contra a condenação de Kirchner; e Pimenta viajou para representar o PT.

“Estou indo desiginado pelo partido, com todas as despesas custeadas pelo PT. Não tem dinheiro do Congresso nem despesa como parlamentar”, disse o deputado à coluna. Ele afirmou não saber se poderá se encontrar com Cristina.

O ex-ministro disse que, além da aliança que o PT tem com a ex-presidente, chama a atenção o tipo de processo judicial que resultou em sua condenação.

Disse Pimenta sobre o que considera uma “similaridade muito grande” entre o julgamento de Lula e Cristina:

“O processo que condenou a Cristina usou uma teoria semelhante, de domínio do fato. As relações com procuradores, juízes e o Departamento de Estado americano, a forma como foram conduzidas as investigações, as violações às prerrogativas constitucionais caracterizam muito o lawfare, numa violência aos direitos constitucionais que não foram respeitados.”

Paulo Pimenta disse ainda que o apoio do PT corresponde à solidariedade que Lula recebeu, quando preso, da ex-presidente.

“Várias lideranças argentinas foram muito solidárias e muito corajosas de enfrentar as arbitrariedades da Lava Jato, do Poder Judiciário, que naquele momento era muito blindada pela mídia nacional.

Presidente da Argentina por dois mandatos, de 2017 a 2015, Cristina foi condenada a seis anos de prisão por administração fraudulenta em prejuízo do Estado. Nesta terça-feira, ela ganhou o direito à prisão domicilar, com monitoramento eletrônico.