A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu, nesta terça-feira, 3, ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar anunciou mais cedo que deixou o Brasil. Há 20 dias, ela foi condenada a 10 anos de prisão e à perda de mandato pelo STF por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Nesta terça, a parlamentar disse que saiu do país para realizar um tratamento de saúde.
O passaporte de Zambelli chegou a ser apreendido em 2023, mas foi devolvido pelo STF. A parlamentar deixou o Brasil antes de esgotados os recursos contra sua condenação.
A saída foi registrada no último dia 25, quando ela cruzou a fronteira com a Argentina e embarcou para Buenos Aires. “Estou fora do Brasil já faz alguns dias. A princípio, buscando um tratamento médico, é um tratamento que eu já fazia aqui (sem dizer o lugar). Vou pedir afastamento do cargo”, disse a parlamentar ao canal AuriVerde, no YouTube, na manhã desta terça. Durante a tarde em entrevista à CNN afirmou que estava nos Estados Unidos e depois iria para a Itália.
Em nota, o advogado da deputada Zambelli, Daniel Bialski, anunciou que deixou sua defesa por “motivo de foro íntimo”. Ele afirmou ter sido apenas informado pela deputada de que ela estaria fora do Brasil para dar continuidade a um tratamento de saúde. “Todavia, por motivo de foro íntimo, estou deixando a defesa da deputada, como já lhe comuniquei. Agora, detalhes sobre ela devem ser requisitadas à sua assessoria”, declarou.