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Fux mantém preso acusado de matar chefão número dois do PCC

Preso há cinco anos, suspeito de participar da execução de Gegê do Mangue, em 2018, havia pedido liberdade ao STF

Foto: Andressa Anholete/STF; Divulgação
Foto: Andressa Anholete/STF; Divulgação

Um dos acusados de matar Rogério Geremias de Simone, o Gegê do Mangue, um dos chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC), seguirá preso por ordem do ministro Luiz Fux, do STF.

André Luís da Costa, conhecido como Andrezinho da Baixada (à direita na foto acima) e apontado como integrante do PCC, responde a uma ação penal na Justiça do Ceará e irá a júri popular pelos assassinatos de Gegê (foto abaixo) e de outro líder da facção, Fabiano Alves de Souza, o Paca, em fevereiro de 2018.

Andrezinho está preso preventivamente desde outubro de 2019 e foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará como um dos responsáveis pelas execuções.

Em decisão de 26 de novembro, Fux rejeitou um habeas corpus movido no STF pela defesa do acusado, que tentava reverter uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) favorável à sua prisão. Os advogados citaram seus mais de cinco anos em prisão provisória ao tentarem converter a detenção em medidas alternativas.

O ministro disse não haver ilegalidades na decisão do STJ de negar liberdade a Andrezinho e apontou que o Supremo sequer poderia analisar o pedido porque a instância anterior não analisou o mérito do caso.

Mortes e racha no PCC

Quando foi morto, em Aquiraz (CE), Gegê do Mangue era considerado o número dois do PCC, abaixo apenas de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e o principal chefe da facção criminosa em liberdade.

Acusados de desviar dinheiro da facção, Gegê e Paca foram alvos de uma emboscada e assassinados durante uma viagem de helicóptero que os levaria da cidade cearense para a Bolívia. Pouco depois de decolar, a aeronave pousou em uma reserva indígena em Aquiraz e os dois foram executados no local.

Os assassinatos de Gegê do Mangue e Paca desencadearam um racha na cúpula do PCC, com outras ações violentas e ousadas, como a morte de Wagner Ferreira da Silva, conhecido como Cabelo Duro, fuzilado uma semana depois em frente a um hotel na zona leste de São Paulo. Dono do helicóptero usado na emboscada no Ceará, ele era próximo a Gegê.

Um dos principais aliados de Marcola, Gilberto Aparecido do Santos, o Fuminho, foi denunciado como mandante das mortes de Gegê do Mangue e Paca, mas a Justiça decidiu não levá-lo a júri popular.

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