Luiz Fux foi sorteado relator da queixa-crime movida pelo deputado Lindbergh Farias, do Rio de Janeiro, líder do PT na Câmara, contra o colega Gustavo Gayer, do PL de Goiás, em razão de publicações em que o bolsonarista ofendeu a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, namorada de Lindbergh.
Depois de Lula dizer que havia escolhido uma “mulher bonita” para costurar as relações do governo com o Congresso, Gayer publicou ataques a Gleisi, a Lindbergh e ao presidente no X. “E aí, Lindbergh Farias, vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para o Hugo Motta e Alcolumbre como um cafetão oferece uma GP [garota de programa]?”, escreveu o bolsonarista.
Ao STF, Lindbergh atribuiu a Gayer crimes de injúria e difamação e classificou o tuíte do deputado como “discurso de ódio e misógino”. Os advogados do petista pedem que a imunidade parlamentar do bolsonarista não seja aplicada a esse caso e que a pena a Gayer seja aumentada em razão do alcance da postagem nas redes sociais.
“Nessas postagens, o querelado faz insinuações torpes, equiparando a Ministra Gleisi Hoffmann a uma ‘garota de programa’ e imputando, de maneira ofensiva e injuriosa, que o Presidente da República atuaria como ‘cafetão’. Ademais, ataca diretamente a honra do Querelante, insinuando que este teria sido conivente com tal situação”, diz a ação de Lindbergh, protocolada na sexta-feira, 14.
O caso foi distribuído ao gabinete de Luiz Fux por sorteio.