O ex-ministro Edinho Silva ganhou um apoio de peso na corrida pela presidência do PT. A ministra Gleisi Hoffmann afirmou, pela primeira vez, que trabalha por sua candidatura. Ex-presidente do partido, Gleisi era considerada uma voz de oposição ao ex-ministro. A desavença, no entanto, parece ter ficado no passado.

“Nós estamos trabalhando para que ele seja o candidato da unidade, junto com as forças, com as pessoas, para que a gente realmente possa unificar”, disse a ministra em entrevista à coluna.

Mas Gleisi fez outra afirmação que aponta para a necessidade de conciliação com as demandas do grupo majoritário, a Construindo um Novo Brasil (CNB): o consenso interno para a escolha da executiva do partido. Um dos principais pontos de crítica a Edinho é a resistência dele em manter a atual tesoureira, Gleide Andrade, em um eventual mandato.

“É claro que essa unidade não passa só pela figura do Edinho. Passa por toda a composição da direção partidária”, sinalizou a petista.

O presidente Lula tem dito, nos bastidores, que seu candidato é o ex-ministro, mas ainda não fez uma declaração pública sobre a candidatura. O que ele tem pedido é tranquilidade no processo eleitoral do partido, que se encerra em julho. Até agora, são cinco candidatos: Edinho Silva, o deputado Rui Falcão, os dirigentes Valter Pomar e Romênia Pereira e o prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá.