O governo federal contratou por licitação 160 geradores para garantir o fornecimento de energia elétrica nas instalações permanentes e provisórias montadas do Parque da Cidade de Belém, que receberá a reunião de cúpula e os demais eventos da COP30 (30ª Conferência do Clima), em novembro.
O combustível que abastecerá os equipamentos, entretanto, ainda não foi definido, segundo a Secretaria Extraordinária para a COP30, ligada à Casa Civil da Presidência da República.
O edital que determinou as regras para a contratação dos geradores — que têm capacidade para oferecer 80 megawatts de energia — especifica que os equipamentos devem operar com biodiesel, inclusive o B100. Esse produto é um biocombustível puro, com 100% de origem vegetal ou animal. O documento também determinou que a oferta do combustível é de responsabilidade da gestão petista.
Técnicos que participam da discussão afirmaram que o alto custo do biodiesel B100 pode levar ao uso de um produto intermediário. Entretanto, a decisão final ainda não foi tomada. O temor é de que o governo passe por uma “saia justa” ao usar um combustível fóssil para abastecer os equipamentos que serão usados no evento mais importante do mundo sobre transição energética e mudanças climáticas.
A contração dos geradores é necessária diante das constantes interrupções na oferta de energia em Belém e para garantir a climatização dos espaços que receberam o evento. As altas temperaturas da cidade devem aumentar a demanda por energia durante o evento, que ocorrerá durante o início do verão. Com isso, os equipamentos garantem segurança para que não falte luz durante as reuniões.