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Governo brasileiro deve enviar representante à posse de Maduro

Embaixadora em Caracas recebeu sinal verde de Brasília para participar da cerimônia, mas ainda espera para saber se haverá participação de estrangeiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro
Ricardo Stuckert/PR

Embora não reconheça o resultado das eleições na Venezuela, o governo brasileiro deverá enviar representante à posse de Nicolás Maduro, marcada para a semana que vem.

O governo Lula, ao que tudo indica, será representado pela embaixadora do Brasil no país, Glivânia Maria de Oliveira, que já fica baseada em Caracas.

O PlatôBR apurou, junto a fontes graduadas da diplomacia brasileira, que está decidido que de Brasília não vai ninguém – nem mesmo um funcionário de escalão mais baixo.

Trata-se um gesto intermediário, que não avança no impasse sobre reconhecer ou não o resultado eleitoral do ano passado, sobre o qual sobram acusações de fraude, mas também não implode os canais com o regime venezuelano.

A despeito da disposição e do sinal verde emitido pelo governo, a própria participação da embaixadora ainda depende do formato da cerimônia, que ainda não é conhecido. Ainda não há certeza, por exemplo, se haverá participação de representantes estrangeiros.

A relação do governo Lula com a Venezuela neste terceiro mandato tem sido tensa. Após o Planalto não reconhecer a vitória de Nicolás Maduro, setores do governo venezuelano decepcionados com a postura, especialmente pela proximidade histórica do PT com o chavismo, atacaram o presidente brasileiro.

Em outubro, a polícia nacional do país chegou a fazer um post nas redes que soou como ameaça, com a imagem borrada de Lula e da bandeira brasileira e a frase “Quem se mete com a Venezuela se dá mal”. Na contramão da posição oficial do governo, o PT, partido de Lula, reconheceu em mais de uma oportunidade a vitória de Maduro.

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