O Ministério da Fazenda prorrogou em 30 dias o prazo para que as bets bloqueiem beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A medida foi publicada nesta quinta-feira, 30, no Diário Oficial da União, por meio de uma instrução normativa assinada pelo secretário de Prêmios e Apostas, Regis Dudena.

O bloqueio começaria no próximo sábado, 1º, mas as empresas alegaram que o sistema exigido é complexo e que o prazo inicial era insuficiente.

O adiamento ocorre em meio à divisão entre as principais entidades das bets. A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) é contra o bloqueio, afirmando que a medida pode empurrar apostadores para o mercado ilegal.

Já o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) defende a restrição total, sob o argumento de que benefícios sociais devem ser usados apenas para necessidades básicas.

Segundo dados da Pnad, 9,4% da população brasileira — o equivalente a 20,1 milhões de pessoas — recebem benefícios como o Bolsa Família e o BPC. Como mostrou a coluna, as operadoras estimam que esse público represente até 30% da base de apostadores no país.