Apesar do empenho do PT e da vontade de Lula, Fernando Haddad continua dizendo que não quer concorrer à eleição em São Paulo. O ministro disse nesta quinta-feira, 18, que pretende deixar o governo até fevereiro, mas quer trabalhar na coordenação da campanha de reeleição do presidente.

Dentro do PT cresce a pressão para que Haddad concorra ao governo do estado, enfrentando possivelmente Tarcísio de Freitas, muito bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto. “Não me sinto pressionado. Fico sempre lisonjeado com isso. Não é disso que se trata”, disse, em encontro com jornalistas na tarde desta quinta-feira, 18.

Os aliados mais próximos de Fernando Haddad temem que, caso concorra, o ministro amargue uma derrota. Seria a quarta, uma vez que ele perdeu a reeleição para a Prefeitura de São Paulo, em 2016, a Presidência, em 2018, e o governo do estado, em 2022, para o próprio Tarcísio. Uma alternativa seria concorrer ao Senado.

Por outro lado, os petistas vêem uma candidatura de Haddad em São Paulo como o palanque mais forte que Lula teria no estado, maior colégio eleitoral do país.

As outras opções para a disputa paulista, por enquanto, seriam o ministro Márcio França e Geraldo Alckmin, ambos do PSB. Enquanto França é candidato declarado, Alckmin resiste. Ele quer se manter como vice de Lula.

Haddad brincou que, depois de três anos na Fazenda, conseguiu convencer seus críticos dentro do PT. Uma dessas vozes críticas era a da ministra Gleisi Hoffmann, quando era presidente do partido. Hoje, a relação dos dois se fortaleceu no governo.

O chefe da Fazenda brincou sobre aqueles que, segundo ele, chegaram a fazer bolão para acertar quando o ministro perderia o cargo:

“Assombração aparece aqui o dia inteiro. Mas melhorou muito.”