Criticado entre os petistas pelo excesso de economês, o ministro Fernando Haddad reviveu tempos de campanha eleitoral nesta segunda-feira, 30, no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar no Palácio do Planalto, em Brasília. Chamou a atenção o novo tom de Haddad, muito inspirado pelo que tem dito Sidônio Palmeira aos ministros. O petista fez uma defesa efusiva da gestão, marcando a linha de “governo dos pobres” e de impostos como justiça social.
Mas, antes de falar de impostos, o ministro defendeu o presidente Lula de ataques de Bolsonaro nas redes sociais. Ao debochar do ex-presidente, disse que espera para debater com ele desde a eleição de 2018 — da qual saiu derrotado. E fez comparações entre Lula e Bolsonaro, destacando que o petista nunca falou em anistia, mas em justiça. E que o ex-presidente quer ser anistiado sem sequer ter sido julgado.
O resultado agradou os petistas. Parlamentares fizeram cortes da fala para usar em suas redes sociais, como a deputada Erika Kokay, do PT do Distrito Federal. Já o ministro preferiu destacar, no X, o trecho em que falou da mudança no imposto de renda. “Nós vamos continuar fazendo justiça social. Pode gritar, pode falar. Vai chegar o momento de debater; mas nós temos de fazer justiça no Brasil.”