Representantes de povos indígenas e comunidades tradicionais fizeram um protesto nesta segunda-feira, 13, para reivindicar do governo as assinaturas de Lula e de Ricardo Lewandowski em 104 processos de demarcação de terras indígenas.

Os manifestantes levaram um documento gigante e uma caneta inflável de 5 metros para a Esplanada dos Ministérios. Na caneta, está escrito “Demarca Lula”, mote da campanha. No documento, constam espaços de assinatura para os nomes do presidente e do ministro da Justiça. Dos 104 processos, 67 dependem de Lula e 37, de Lewandowski.

O ato, organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) com apoio da Avaaz, buscou pressionar o Planalto a anunciar novas demarcações antes da COP30, marcada para novembro, em Belém.

Kleber Karipuna, diretor-executivo da Apib, afirmou que a demarcação de terras indígenas é essencial para conter o desmatamento e proteger o equilíbrio climático. Segundo ele, os territórios já reconhecidos mantêm a floresta em pé e garantem a produção de chuvas que abastecem o país.

Mauricio Guetta, diretor de Direito e Políticas Públicas da Avaaz, classificou o momento como uma escolha histórica para o governo. “Lula está diante de uma escolha moral: agir ou falhar com o direito dos povos indígenas e com o futuro do planeta”, disse.