Acaba de voltar a tramitar no STF o inquérito sigiloso que mira Rui Costa, ministro da Casa Civil de Lula, sobre supostos desvios em contratos para compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia de Covid-19, em 2020.

Luís Roberto Barroso havia enviado o caso à Justiça Federal da Bahia em maio de 2023, por considerar que o STF não tinha atribuição sobre a investigação. Em abril deste ano, diante do novo entendimento sobre foro privilegiado adotado pelo Supremo, a Justiça Federal baiana mandou o inquérito ao STJ, responsável por apurações sobre governadores.

Nessa terça-feira, 27, no entanto, o STJ remeteu os autos do caso de volta ao STF. Com Barroso na presidência da Corte, a relatoria da investigação foi redistribuída nesta quarta-feira, 28. Agora é Flávio Dino, ex-colega de Rui no governo, o relator do inquérito.

Então governador da Bahia e presidente do Consórcio Nordeste, Rui Costa é investigado pela compra de 300 respiradores pulmonares para região, que custaram R$ 48 milhões mas não foram entregues.

Procurada pela coluna, a defesa do ministro disse ter ciência da mudança de foro do inquérito. A assessoria de Rui Costa afirmou que ele não vai comentar sobre o assunto.