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Itamaraty não vai se envolver na briga de Trump com Zelensky

Má relação de governos Zelensky e Lula influi na decisão de neutralidade

AFP
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O Itamaraty não vai se posicionar sobre a discussão ocorrida nesta sexta-feira, 28, entre Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no Salão Oval da Casa Branca. A reunião entre os dois líderes foi marcada por um bate-boca, resultando no cancelamento de uma coletiva de imprensa conjunta e na suspensão da assinatura de um acordo de minerais entre os países. 

A decisão do Itamaraty de não se manifestar é coerente com a postura do governo brasileiro em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Desde o início de seu mandato, Lula tem adotado uma posição neutra, buscando atuar como mediador para a paz.

A abordagem gerou atritos com o governo ucraniano. Em maio de 2022, Lula afirmou que tanto Putin quanto Zelensky eram responsáveis pelo conflito, declaração que foi criticada por Kiev, frase mais tarde esclarecida pelo presidente.

Lula também sugeriu que a Ucrânia poderia ceder a Crimeia à Rússia como parte de um acordo de paz, o que foi mal recebido pelo governo ucraniano. Zelensky declarou em janeiro de 2025 que o “trem do Brasil” havia passado, indicando que o país perdeu relevância nas negociações de paz.

Desde então, a estratégia brasileira tem sido manter uma postura reservada em relação a questões envolvendo a Ucrânia.

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