A conversa do Itamaraty com Gabriel Escobar, encarregado de negócios que está temporariamente à frente da Embaixada dos Estados Unidos, teve como foco nesta segunda-feira, 27, evitar que os migrantes deportados que chegam no próximo voo ao Brasil passem pelas mesmas violações sofridas pelos 88 brasileiros no final de semana.
O Brasil pediu cuidado com a aeronave a ser usada — a da última deportação deu problema duas vezes e não tinha ar-condicionado funcionando adequadamente — e tratamento humanitário para que os passageiros não sejam impedidos de usar o banheiro ou sofram agressões.
Sobre o uso de algemas, diplomatas que acompanham a situação têm dito que este é um tema de “diálogo permanente”. Quando os deportados chegaram a Manaus, no sábado, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ordenou que as algemas fossem retiradas. No entanto, durante o processo de deportação, que inclui o voo, o Brasil não tem como interferir diretamente no tratamento dado pelo governo Trump.