A fila no gabinete de Dias Toffoli por uma de suas decisões que anulam decisões, provas e condenações da Lava Jato ganhou mais um nome famoso: João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.

Um dos primeiros petistas presos na operação, em 2015, Vaccari pediu a Toffoli a extensão de uma de suas decisões que apontaram conluio e suspeição do ex-juiz Sergio Moro e dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato. A petição foi apresentada no âmbito da ação em que o ministro anulou todos os atos da Lava Jato contra o advogado Guilherme Gonçalves.

As alegações da defesa do ex-tesoureiro estão baseadas em mensagens trocadas entre Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol no Telegram, acessadas por um hacker e apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing. Dizem os advogados de João Vaccari.

“As condutas do então Juiz Sergio Moro, bem como do ex-Procurador da República Deltan Dallagnol, macularam todos os processos dos quais participaram, sendo mais do que razoável admitir que o ex-Juiz atuou com interesses particulares que nada tem com a retidão, isenção e legalidade que se espera de um magistrado, vale dizer, agiu ele com suspeição, devendo seus atos serem considerados nulos”.

Essa é a segunda tentativa de Vaccari no STF para derrubar os diversos processos da Lava Jato contra ele. Em fevereiro de 2024, o petista pediu ao Supremo que Moro fosse declarado suspeito contra ele. O caso está nas mãos de Gilmar Mendes, que ainda não tomou uma decisão.