Depois de passar anos dizendo que queria que as suspeitas de assédio contra si fossem julgadas pela Justiça, para que se soubesse a verdade, Marcius Melhem pediu e conseguiu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) a suspensão do andamento do processo em que é réu por assédio sexual contra três mulheres.
O desembargador Paulo Rangel tomou a decisão liminar no último dia 24. Após a ordem do magistrado do TJRJ, a juíza responsável pelo processo na primeira instância, Juliana Benevides, retirou de pauta a audiência que ouviria acusação e defesa, marcada para a primeira semana de agosto.
Em seu despacho, Rangel disse que “é controvertida” a existência de “justa causa” para a denúncia contra Melhem. O desembargador afirmou que “chama a atenção” o fato de o próprio Ministério Público ter apontado não haver essa justa causa à acusação. Ele suspendeu o processo para uma análise “mais profunda” do habeas corpus do ex-diretor da TV Globo.
Marcius Melhem foi colocado no banco dos réus em agosto de 2023, por suposto assédio sexual contra três mulheres. Esse processo trata das atrizes Ana Carolina Portes e Georgiana Góes, que denunciaram Melhem publicamente, e uma terceira vítima, que teve a identidade preservada.
Nessa segunda-feira, 28, como mostrou a coluna Marcius Melhem se tornou réu em uma segunda ação penal na Justiça do Rio de Janeiro. Ele responderá por violência psicológica e perseguição contra quatro mulheres.
Elas acusaram Melhem e o jornalista Ricardo Feltrin de terem disseminado “comentários públicos constrangedores e desqualificadores das vítimas e testemunhas”, depois de virem à tona denúncias de assédio contra o ex-diretor da Globo.