O Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Santos (Sinhores) cobrou explicações da Keeta, novo aplicativo de delivery da gigante chinesa Meituan, sobre uma série de reclamações de empresários a respeito de práticas abusivas na primeira semana de funcionamento. O Keeta começou a operar em Santos no dia 30.

A coluna teve acesso a um documento enviado neste sábado, 8, à Keeta, no qual o presidente do sindicato, Arthur Veloso, e o diretor de Delivery, Gustavo Gaia, apontam práticas consideradas abusivas, como descontos compulsórios e falta de transparência nos serviços oferecidos.

Segundo Veloso e Gaia, empresários relatam descontos aplicados sem autorização, problemas técnicos no aplicativo, ausência de suporte adequado, contratos com páginas em outro idioma, bloqueio da autonomia dos restaurantes na edição de preços e promoções e até inadimplência em consumos realizados por funcionários da Keeta durante o período de testes da plataforma.

No documento, o sindicato afirma que a postura observada tem sido percebida como “intransigente e pouco transparente” e que as manifestações soam como um “sinal de alerta” logo no início da operação da empresa no Brasil.

A entidade reforça que não medirá esforços para combater práticas abusivas e defende um mercado “livre, competitivo e ético”, que assegure condições justas para os estabelecimentos parceiros.

A Keeta foi procurada pela coluna para se manifestar sobre as reclamações do sindicato, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto para manifestações.