O juiz Bruno Paes Straforini, responsável pelo processo que levou ao leilão judicial da mansão do ex-jogador Cafu, nomeou o leiloeiro Denys Pierre de Oliveira em 52 processos distintos na 1ª Vara Cível de Barueri (SP) — todos sob sua jurisdição.
O dado consta de um levantamento incluso em uma ação judicial movida pela Agência VM2 Interatividade Digital na Justiça de São Paulo. A agência acusa o juiz Bruno Straforini de favorecer o leiloeiro e de violação da imparcialidade judicial.
Na ação rescisória, que tramita sob segredo de justiça no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), a empresa sustenta que “a repetida escolha do mesmo leiloeiro seria um indício relevante do favorecimento” do juiz ao empresário.
A empresa pede, além da anulação da sentença, a apuração disciplinar da conduta do magistrado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Corregedoria do TJSP.
Embora esse processo não seja vinculado ao de Cafu, uma comprovação de favorecimento do magistrado ao leiloeiro pode, a depender da repercutir em todos os casos em que ambos atuaram juntos.
À coluna, o Tribunal de Justiça de São Paulo disse que “não se manifesta sobre questões jurisdicionais” e pontuou ainda que “os magistrados não podem se manifestar fora dos autos, pois são impedidos pela Lei Orgânica da Magistratura”.
O empresário Denys Pierre também foi procurado, pelo e-mail de sua empresa, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço continua aberto para manifestações.