O livro “Crimes contra crianças e adolescentes”, organizado pelos pesquisadores Francini Imene e Mariana da Silva, traz um alerta sobre a importância da regulamentação da Inteligência Artificial para a segurança de crianças e adolescentes.

A obra reúne especialistas de diferentes áreas para analisar a violência infantojuvenil sob diversos ângulos, entre eles, o papel da IA. O tema é tratado no capítulo da ex-delegada da OCDE no Colegiado de Inteligência Artificial Iara Lemos.

A autora alerta que, sem controle social efetivo e participação dos cidadãos, a aplicação de tecnologias pode reproduzir desigualdades, violar direitos e ampliar riscos para os mais vulneráveis.

Lemos destaca que algoritmos mal regulados podem manipular dados sensíveis e expor crianças e adolescentes a conteúdos inadequados ou a práticas discriminatórias. Segundo ela, a ausência de uma legislação técnica e inclusiva nesse campo compromete a segurança digital e a eficácia das políticas públicas de proteção à infância.

O capítulo também chama atenção para o papel fundamental de conselhos tutelares, organizações da sociedade civil e profissionais de diversas áreas no processo de formulação das normas que regulam o uso da IA.

“Crimes contra crianças e adolescentes” é da editora Mizuno e foi lançado nesta sexta-feira, 30.