Os recentes movimentos da oposição em reação à iminente condenação de Jair Bolsonaro (PL-RJ), além da adesão de partidos como o Republicanos e a federação União Progressista (PP e União Brasil) à pauta da anistia, acenderam um alerta no Planalto. Nesta quinta-feira, 4, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu que existe o “risco” de a Câmara, comandada por Hugo Motta (Repubicanos-PB), votar a proposta que pode beneficiar Bolsonaro com o perdão dos crimes pelos quais ele está sendo julgado no STF (Supremo Tribunal Federal). 

Em discurso feito em Minas Gerais, Lula demonstrou preocuparão com os movimentos do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em favor da anistia e pediu mobilização popular contra a proposta.

“Nós temos que saber, se for votar no Congresso, nós corremos o risco da anistia. O Congresso, vocês sabem, não é um Congresso eleito pela periferia. O Congresso tem ajudado o governo, aprovou quase tudo o que o governo queria, mas a extrema-direita tem muita força ainda. É uma batalha que tem que ser feita também pelo povo”, disse o presidente, durante um encontro com ativistas na comunidade Aglomerado da Serra, na periferia de Belo Horizonte (MG) quando lançou o programa Gás do Povo.