Antes de sair viajar à Ásia, Lula encarregou senadores petistas de intensificarem a articulação pela aprovação da indicação de Jorge Messias ao STF. O presidente se reuniu com Davi Alcolumbre nessa terça-feira, 21, e resolveu esperar para indicar o nome do advogado-geral da União para o Supremo.

Lula ouviu de Alcolumbre que a aprovação de Messias ainda não é dada como certa no Senado. O presidente da Casa reiterou que preferiria que o indicado à corte fosse o ex-presidente do Congresso Rodrigo Pacheco.

O petista, então, resolveu não confirmar por enquanto a indicação do AGU e aumentou a pressão sobre a bancada governista no Senado. Como mostrou a coluna, o governo teme que Davi Alcolumbre articule contra a aprovação de Messias na Casa.

A principal estratégia do Planalto, até agora, tem sido usar lideranças evangélicas para tentar tornar Jorge Messias mais palatável aos senadores da oposição.

O problema, entretanto, é que, apesar de Messias ser evangélico, o ministro é visto como um nome muito ligado a Lula. Pacheco, por outro lado, tem boa aceitação entre os senadores por já ter sido presidente do Congresso e ser considerado um nome que poderá lidar melhor com os constantes incêndios entre o Legislativo e o STF.

Entre aliados de Alcolumbre, a cautela de Lula ao não indicar Messias nesta semana foi vista com ares de esperança.