Depois que 12 deputados petistas votaram a favor da PEC da Blindagem na Câmara, a maioria dos nove senadores do PT já declarou que votará contra a emenda, chamada por Jaques Wagner (foto), líder do governo na Casa, de “PEC da Impunidade”. Pelo menos sete senadores informaram à coluna que são contrários à PEC, que só autoriza que parlamentares sejam investigados e processados judicialmente mediante permissão do Congresso.
Já o senador Beto Faro, do Pará, informou que quer esperar a PEC entrar na pauta de votação para decidir seu posicionamento. Sua assessoria afirmou que o senador quer discutir com a bancada. A mulher do senador, a deputada Dilvanda Faro, foi um dos 12 nomes petistas que contrariaram a posição oficial do PT e votaram a favor da medida na Câmara.
Outro membro da bancada petista na Câmara a votar favoravelmente à PEC foi Jilmar Tatto, de São Paulo, um dos vice-presidentes do PT nacional.
Mais cedo nesta quarta-feira, 17, Jaques Wagner disse que a PEC da Blindagem não passará no Senado.
“Essa PEC não vai passar no Senado, pelo menos se depender de mim. E eu tenho certeza que a maioria dos senhores e senhoras senadores não vão aprovar esse absurdo”, disse Wagner em vídeo divulgado em suas redes sociais.
O senador acusou o partido de Jair Bolsonaro, o PL, de levar a PEC adiante: “O partido do ex-presidente puxou a fila para se preocuparem em votar a PEC da Impunidade. Porque o cara, para ser processado, tem que ter autorização da Câmara ou do Senado. É um absurdo”, disse.