O brasileiro começa a enxergar uma melhora no cenário econômico, mas ainda sente o bolso apertado. A pesquisa “What worries the world”, da Ipsos, referente a setembro, mostrou uma queda expressiva na percepção negativa sobre a economia do país: de 70,6% em julho para 62,5%. O levantamento indicou ainda um aumento no otimismo para os próximos meses: 52,5% acreditam que o Brasil estará em melhor situação econômica até o fim do primeiro semestre de 2026. Em julho, eram 47,5%.
O “respiro” no humor econômico vem na esteira da desaceleração da inflação, da leve recuperação do consumo e da expectativa de queda de juros. Mas a melhora macro ainda não chegou com força à vida pessoal. Quase sete em cada dez brasileiros (67,9%) avaliam sua situação financeira como fraca. Além disso, o medo de perder o emprego cresceu, saindo de 23,7% em julho para 29,5% em setembro.
Os dados também revelam um mosaico de percepções dentro do país. A Geração X, composta por brasileiros entre 45 e 59 anos, é o grupo mais cético. Ao todo, 31,5% dizem temer perder o emprego e poucos acreditam em melhora da economia. Já a classe baixa apresenta um paradoxo: é a mais preocupada com o desemprego (49,8%), mas também a mais confiante no futuro pessoal, com 74,2% esperando melhora na própria situação financeira.
Entre as mulheres e a Geração Z, o otimismo predomina. Três em cada quatro entrevistadas (75,5%) acreditam em avanços nos próximos seis meses e o número é ainda maior entre os jovens de 16 a 24 anos (77,3%).
A pesquisa ouviu 25.775 adultos em 30 países entre 22 de agosto e 5 de setembro de 2025.