O Mercado Livre negou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que tenha planos de atuar no varejo de medicamentos online ou de explorar serviços de telemedicina. O marketplace admitiu apenas que o Mercado Pago, seu braço financeiro, oferece “soluções tecnológicas” ligadas a seguros e assistências de saúde.
A manifestação do Mercado Livre ao Cade veio no contexto de um procedimento no órgão em torno da compra de uma farmácia de 200 metros quadrados no Jabaquara, em São Paulo, pela empresa.
O caso voltou à mesa do Cade depois de um alerta da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). A entidade acusa o Mercado Livre de ter omitido informações sobre o real objetivo da aquisição.
A Abrafarma apontou que, com a compra da farmácia de bairro, a companhia tentou mascarar interesses de ingressar no varejo farmacêutico, setor restrito a farmácias licenciadas pela Anvisa.
O dossiê apresentado pela Abrafarma ao superintendente-geral do Cade, Alexandre Barreto, pediu a abertura de um incidente de enganosidade, que, se reconhecido, pode levar à cassação da operação e multa ao Mercado Livre.