Quando foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal, Silas Malafaia disse que haveria forte reação do meio evangélico. Afirmou até que viraria “mártir” se fosse preso. Pela repercussão do caso nas redes sociais dos congressistas, porém, o engajamento foi bem menor do que a expectativa do pastor. 

Um levantamento da consultoria Bites, feito a pedido do PlatôBr, mostra que Malafaia ainda mobiliza uma parte expressiva da bancada evangélica, mas minoritária: pouco mais de um quinto se manifestou. Dos 116 parlamentares desse grupo (102 deputados federais e 14 senadores), apenas 27 se manifestaram sobre o tema entre a noite de 20 de agosto, quando houve a apreensão de celulares e documentos, e a terça-feira, 26.

As reações foram majoritariamente em defesa de Malafaia, um dos principais líderes da ala bolsonarista no Congresso. Apenas três deputados usaram seus perfis para criticá-lo: Chico Alencar – católico, recebido na comunhão anglicana – e Pastor Henrique Vieira, ambos do PSOL do Rio, e Otoni de Paula (MDB-RJ). Juntos, eles fizeram 16 publicações, que somaram 244 mil interações.

Na outra ponta, 24 deputados reforçaram a linha de apoio ao pastor. O grupo inclui 17 nomes do PL, entre eles o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro. 

De outros partidos, entraram na defesa do pastor os deputados Stefano Aguiar (PSD-MG), Clarissa Tércio (PP-PE), Delegado Fábio Costa (PP-AL), Coronel Ulysses (União-AC), Rodrigo Valadares (União-SE), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Messias Donato (Republicanos-ES). Eles somam 135 posts e 1,9 milhão de interações.