Chegaram às mãos de Alexandre de Moraes na quinta-feira, 27, duas notícias-crime apresentadas pelo PT e pelos deputados Lindbergh Farias e Rogério Correa para que Eduardo Bolsonaro seja investigado por articulações com políticos americanos para constranger o STF. As ações pedem que Moraes mande Eduardo entregar seu passaporte, para que o filho de Jair Bolsonaro seja impedido de sair do Brasil em suas frequentes idas aos Estados Unidos.
Nessa sexta-feira, 28, o ministro do STF enviou as duas ações para a PGR. O órgão comandado por Paulo Gonet deverá apresentar sua manifestação sobre os pedidos petistas em um prazo de cinco dias.
As petições foram apresentadas a Moraes no âmbito de um inquérito sigiloso do STF que apura atos antidemocráticos. O PT, Lindbergh e Correa atribuem a Eduardo Bolsonaro crimes de obstrução de investigação de organização criminosa, coação no curso do processo e atentado à soberania.
Além de acionarem diretamente Moraes, os deputados e o partido também enviaram as mesmas alegações à PGR, pedindo providências.
As notícias-crime apontam Eduardo como responsável por articular, nos Estados Unidos, retaliações ao Brasil e ao STF, particularmente ao próprio Alexandre de Moraes.
Com maciço apoio trumpista, a Câmara analisa um projeto de lei que impede a entrada no país de “agentes estrangeiros” que tenham violado a liberdade de expressão de cidadãos americanos em solo americano.
Moraes e integrantes do governo Trump, como Elon Musk, braço-direito do presidente americano, entraram em rota de colisão em razão de decisões do ministro sobre bloqueio e retirada de perfis e conteúdos das redes sociais.