Enquanto avalia as explicações de Jair Bolsonaro sobre o descumprimento das medidas cautelares impostas a ele, Alexandre de Moraes “perdoou” violações à prisão domiciliar do major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal Cláudio Mendes dos Santos (foto abaixo), réu no STF por ter liderado o acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército.

Mendes teve a prisão preventiva convertida em domiciliar por Moraes em abril. Em junho, a tornozeleira eletrônica que ele usa apontou duas movimentações fora do perímetro autorizado.

Em uma delas, em 8 de julho, a defesa do PM reformado disse que o alerta foi indevido, porque o deslocamento havia sido autorizado para que ele fosse à central de monitoramento.

Na outra, em 9 de junho, os advogados explicaram que Santos precisou ir a uma farmácia perto de casa para comprar remédios para uma forte dor de dente. O problema dental persistiu e, dois dias depois, ele pediu autorização para ir ao dentista, no que foi atendido. Santos apresentou um atestado médico.

Ao analisar os alertas da tornozeleira de Cláudio Mendes dos Santos, em decisão nessa quarta-feira, 23, Moraes anotou que “não há dúvidas” sobre a violação da prisão domiciliar. O ministro, no entanto, viu as alegações da defesa como “plausíveis e procedentes” e destacou que elas foram acompanhadas por documentos. Assim, relevou a situação e não mandou prender o PM reformado.