Após se reunirem com o conjunto de líderes, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiram enfrentar os protestos dos bolsonaristas contra prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), e convocaram sessões das casas. Motta chamou uma sessão presencial para as 20h30 desta quarta, no plenário, que segue ocupado pelos bolsonaristas. Líderes partidários que participaram da reunião informaram que a Polícia Legislativa será acionada para retirar quem continuar ocupando o espaço da mesa diretora para impedir a sessão. Ficou decidido também que quem resistir à realização da sessão poderá ter o mandado suspenso por seis meses.

A disposição de punir os responsáveis pela ocupação foi informada pela secretaria-geral da mesa diretora da Câmara no início da noite desta quarta-feira, 6. “Quaisquer condutas que tenham por finalidade impedir ou obstaculizar as atividades legislativas sujeitarão os parlamentares ao disposto no art. 15, inciso XXX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (suspensão cautelar do mandato por até seis meses)”, diz o texto.

Na pauta da sessão está a medida provisória que libera crediário extra para as vítimas de fraude do INSS.
Alcolumbre, ao fim da reunião, disse, por meio de nota, que não iria tolerar “intimidações” e chamou uma sessão virtual para esta quinta-feira, 7, para tratar de outra proposta relacionada ao Imposto de Renda: a correção da tabela para isentar quem ganha até dois salários mínimos.

“Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários-mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, disse o presidente do Senado, por meio de nota.