O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Rodrigues, abre a lista de depoimentos na CPI do Crime Organizado na manhã desta terça-feira, 18, com a missão de esclarecer a posição da corporação e do governo Lula sobre o tema. Com aval do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), ele vai apresentar dados do trabalho da PF no combate ao crime organizado, nos últimos anos, em parceria com as delegacias especializadas das polícias civis nos estados.

O delegado vai defender a política de enfrentamento às facções encabeçada pela PF. No depoimento, ele também vai se posicionar contrariamente a eventuais cortes de recursos ou à limitação de poderes da corporação, medidas previstas na primeira versão do relator do PL Antifacção, deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Esse assunto domina as discussões no Congresso desde a semana passada e o projeto deve ser votado nesta terça-feira, 18, no plenário da Câmara. 

Proposta pela oposição, a CPI foi instalada como mais um palco para a polarização política com o Planalto. O colegiado é presidido por um senador governista, Fabiano Contarato (PT-ES), e o relator é o senador Alessandro Vieira, crítico do terceiro mandato de Lula. O diretor de Inteligência da PF, Leandro Almada, também foi convocado para depor nesta terça-feira.