Na mira de pedidos de convocação à CPMI do INSS, o empresário Gustavo Gaspar, ex-assessor do senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão, também tem relações com outro parlamentar maranhense: o deputado e ex-ministro das Comunicações Juscelino Filho, do União Brasil.

Reportagem de Vinícius Valfré, Tácio Lorran, Julia Affonso e Daniel Weterman mostrou, em março de 2023, que Gaspar era funcionário fantasma do gabinete de Rocha no Senado e sócio de um haras em Vitorino Freire (MA) onde Juscelino mantinha cavalos de raça. O senador e o deputado são aliados próximos. A irmã de Juscelino, Luanna Resende, ex-prefeita da cidade, era sócia de Gaspar no haras, cuja sociedade foi encerrada em março de 2023.

Gustavo Gaspar também é irmão de Tatiana Gaspar, ex-assessora especial do ministério enquanto o deputado comandava a pasta.

O empresário foi exonerado do gabinete de Weverton depois da reportagem.

Na CPMI do INSS, Gaspar é alvo de dois pedidos de convocação, apresentados pelo relator da comissão, Alfredo Gaspar, do União Brasil de Alagoas, e Kim Kataguiri, do União Brasil de São Paulo.

Os requerimentos, ainda não analisados, estão baseados em reportagem de Tácio Lorran segundo a qual Gustavo Gaspar assinou um documento permitindo que movimentações e saques nas contas de uma empresa sua fossem feitos por Rubens Oliveira Costa (foto abaixo), ex-diretor de empresas do lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. Costa foi preso pela CPMI na terça-feira, 23, sob acusação de prestar falso testemunho à comissão.

Empresário Rubens Oliveira Costa

Também na CPMI, a deputada Coronel Fernanda, do PL do Mato Grosso, solicitou que o Congresso informe sobre visitas de Gaspar e Costa ao Legislativo.