A quatro dias do tarifaço imposto por Donald Trump ao país, a ministra Gleisi Hoffmann abre, nesta terça-feira, 29, a mesa redonda da sociedade civil do Brasil e da União Europeia, que vai tratar de acordos e desenvolvimento econômico.
O tema da soberania nacional e das sanções americanas pode atravessar a pauta das discussões, que vão resultar em uma carta conjunta da IX Mesa Redonda da Sociedade Civil UE-Brasil.
Antes de tarifar os produtos brasileiros em 50%, Trump havia anunciado tarifas de 30% sobre a União Europeia. No fim de semana, o presidente americano fez um acordo com os europeus, reduzindo a tarifa geral para 15%, mas mantendo 50% sobre a produção de aço e alumínio. Agora, na sexta-feira, caso não seja adiada, começa a sanção ao Brasil com a sobretaxa de 50%.
O encontro, que se estende por dois dias no Itamaraty, foi organizado pelo Conselhão para dialogar com a entidade homóloga na União Europeia, o Cese. Entre os convidados estrangeiros estão o presidente do Cese, Oliver Röpke, o presidente da Seção de Relações Exteriores da entidade, Dimitrius Dimitriadis, e os portugueses Paulo Barros Vale e Carlos Silva, presidente do comitê de acompanhamento da América Latina. Do lado do Brasil, treze conselheiros do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável), o Conselhão.
Além da ministra Gleisi, participam a embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, a ministra substituta e secretária-geral das Relações Exteriores, Maria Laura da Rocha, e o assessor do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim.