Enquanto oposição de governo ensaiam embates acalorados no Congresso, potencializados pela prisão domiciliar a Jair Bolsonaro (PL-RJ), os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ainda se dedicam a agendas em seus estados. Até a manhã desta terça-feira, 5, evitaram se posicionar sobre a medida aplicada ao ex-presidente.
A expectativa da volta das atividades no Congresso é grande, mas a agenda de trabalho permanece inalterada. A sessão da Câmara convocada para esta terça continua com pautas remanescentes do último semestre. Não houve convocação para o colégio de líderes. A reunião dos representantes dos partidos será na quinta-feira, 7, conforme a rotina, para definir a agenda da semana que vem.
Motta e Alcolumbre evitaram reagir no primeiro momento à prisão de Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, por descumprimento de medidas cautelares. Motta, nesta terça, ainda se dedica à inauguração de obras em dois hospitais na Paraíba: um em Patos, cidade onde seu pai é prefeito, e outra unidade em João Pessoa. Ele só retornará a Brasília no início da noite
O presidente do Senado está em Brasília desde a semana passada e convocou sessão do plenário para as 14h desta terça. Há uma expectativa de que, na abertura dos trabalhos, Alcolumbre faça referências à prisão do ex-presidente e a seus desdobramentos no Congresso. Ele também terá de se posicionar em relação a pressões da oposição para tomar alguma atitude em relação à determinação de uso de tornozeleira eletrônica, pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao senador Marcos do Val (Podemos-ES).