Na terça-feira, 9, o ministro Alexandre de Moraes apresenta na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) o voto sobre a atuação de Jair Bolsonaro e dos outros sete integrantes do núcleo central de acusados de tentativa de golpe de Estado. No mesmo dia, a reunião do colégio de líderes da Câmara vai discutir a inclusão na pauta do plenário do projeto que anistia o ex-presidente e os demais integrantes do grupo.

Relator do processo, Moraes deve condenar Bolsonaro. Na sequência, os outros ministros apresentam seus votos. As sentenças estão previstas para a sexta-feira, 12.

Mesmo com a intensa movimentação em torno da anistia esta semana, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não tomou posição publicamente sobre pautar o projeto. Nesta quarta-feira, 3, ele discutiu o assunto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e com os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do Republicanos, Marcos Pereira, que são favoráveis ao projeto.   

Nesta quinta-feira, 4, ele voltou atribuir o encaminhamento sobre a anistia aos líderes, que se reúnem às terças para discutir as votações prioritárias. “Nós estamos muito tranquilos com relação à discussão dessa pauta, não há ainda nenhuma definição. Nós estamos sempre ouvindo o colégio de líderes nessas pautas”. “Estamos ouvindo a todos, como estamos ouvindo também os líderes que têm interesse e aqueles também que não têm interesse”, acrescento Motta.

Os líderes podem decidir votar a proposta na semana que vem ou, mais uma vez, adiar a questão. Mesmo com as pressões do Centrão, principalmente dos aliados de Bolsonaro, não é certo que o projeto será votado na semana que vem. O encaminhamento da proposta ganhou força esta semana com o anúncio feito na reunião dos líderes na terça-feira, quando os representantes do PP, do União Brasil e do Republicanos anunciaram apoio à inclusão do texto na pauta. Nos bastidores, Tarcísio trabalhou para que eles tomassem essa posição.