Até a Faria Lima, acostumada a pregar enxugamento da máquina pública, abriu uma exceção esta semana. Em reuniões de negócios, executivos de fintechs vibraram com o anúncio da nomeação de 200 novos auditores para o Banco Central, publicado no Diário Oficial da quinta-feira, 2.
Para esses “farialimers”, o reforço no BC não poderia vir em melhor hora, diante da crise de imagem do setor, após investigações revelarem o uso de fintechs como bancos paralelos do crime organizado.
O reforço no quadro é visto como resposta institucional diante da pressão pública pela associação entre fintechs e o crime organizado.
Associações do setor financeiro vinham pressionando há meses por maior estrutura na autoridade monetária. Com o ganho de novas responsabilidades pelo BC — como regular meios de pagamento digitais, supervisionar o Pix e fiscalizar fintechs —, o aumento no quadro de pessoal era uma demanda constante. O Sinal, sindicato dos servidores da autarquia, já alertava para o risco de falta de braços.