O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, tem um único foco em sua ida à COP30: defender a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Alcolumbre chegou a Belém, onde ocorre a Conferência do Clima, nesta quinta-feira, 6.

A chamada Margem Equatorial é uma faixa marítima que se estende do Amapá, seu estado, ao Rio Grande do Norte e é considerada uma das últimas grandes fronteiras de petróleo do mundo.

A exploração da Margem Equatorial gerou uma crise no governo Lula no primeiro semestre deste ano, devido a divergências entre o Ministério de Minas e Energia, o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama. No último dia 25, entretanto, o Ibama autorizou que a Petrobras inicie uma série de estudos na região, o que contrariou os ambientalistas.

Alcolumbre é um dos principais articuladores, junto ao governo Lula, do avanço na exploração da Margem Equatorial. O principal motivo é o potencial de geração de riqueza e empregos que a atividade pode trazer para seu estado.

Em contraponto ao objetivo de Alcolumbre e à recente decisão do Ibama, o foco do primeiro dia da pré-COP30, nesta quinta-feira, foi a transição energética. Lula chegou a defender a superação da dependência de combustíveis fósseis.

“Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos”, afirmou o presidente.