Apesar de ter adotado, no início do mês, uma postura de “distância” em relação à PEC da Blindagem, a bancada do PL passou, nas últimas duas semanas, a articular um apoio integral à proposta em troca de respaldo ao projeto da anistia. As negociações sobre a PEC, segundo apurou a coluna, foram retomadas logo após a ida de Tarcísio de Freitas a Brasília, quando a anistia ganhou algum fôlego.

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, havia dito no dia 28 de agosto que a PEC da Blindagem não seria mais uma prioridade do partido. Um dos motivos apontados era o excesso de permissividade do texto. À época, a proposta não foi votada por falta de consenso entre as legendas.

O Centrão, então, para destravar a PEC da Blindagem, barganhou com o PL: apoio à medida em troca de votos a favor da anistia. O partido de Jair Bolsonaro acabou apoiando a PEC por unanimidade.

O que o PL não esperava é que o Centrão também tivesse negociado com o PT a derrubada do projeto da anistia.